A HISTÓRIA DA ILHA GRANDE DE SANTA ISABEL
Por Vicente de Paula Araújo Silva “Potência”
A existência do município de Ilha Grande do Piauí, confunde-se com a história da Parnaíba.
É que a mesma, tendo sido desmembrada de Parnaíba em 1994, historicamente teve em João Gomes do Rego Barra e sua esposa Maria do Monte Serrate Castelo Branco, os seus primeiros exploradores legais, pois o Capitão-Mor na Villa Nova da Parnaíba, recebeu de José da Maya da Gama, Governador e Capitão General do Estado do Maranhão, em 17 de julho de 1725, o documento de doação da ilha, no qual, é mencionado , que, o mesmo, com apoio de Antonio da Cunha Souto Maior-Mestre de Campo do Piaui quando ainda vivo, dominara com armas a área até então habitada por tapuias.
A parte principal do documento de doação registra “Carta de Sesmaria com duas legoas de terra de comprido, com duas de largo, entre a barra do Rio Igarassu e a barra do Parnahiba, com obrigação de fazer confirmação a dita Sesmaria de potro de três annos”, conforme documentação histórica do acervo do autor.
Assim, é importante ilustrar quem foram os primeiros donatários legais da Ilha Grande de Santa Isabel:
JOÃO GOMES DO REGO “BARRA”
Casou-se em primeira núpcia com Anna Castello Branco Mesquita, filha da primeira esposa do português Dom Francisco da Cunha Castello Branco – irmão do Visconde de Castello Branco e 1º conde de Pombeiro – introdutor da família Castelo Branco no nordeste brasileiro. Foi preposto de Pedro Barbosa Leal , na região da Parnaíba, até quando, em 1725, recebeu sesmaria em seu favor, entre as barras dos rios Igaraçu e Parnaíba.
MARIA DO MONTE SERRATE CASTELLO BRANCO
Casou-se com seu cunhado João Gomes do Rego ”Barra”, viúvo de sua irmã Anna Castello Branco Mesquita. O seu esposo, como preposto do rico empreendedor baiano, Pedro Barbosa Leal, solicitou e obteve do Bispado do Maranhão, em 1711, a autorização para que fosse eregida uma igreja para veneração de Nossa Senhora do Monte Serrathe na Villa Nova da Parnahiba (hoje Parnaíba), quando a dita vila, passou a ser chamada de Villa de Nossa Senhora de Monserrate da Parnahiba.
OS HERDEIROS DE SIMPLÍCIO DIAS DA SILVA
Através de venda, o descendente de João Gomes do Rego Barros e sua esposa, Ten. Cel. João Leite Castello Branco, a transferiu para Sebastião da Silva Lopes, cujos herdeiros a retalharam em 19 possessões.
Em 1827, estava em poder dos herdeiros do Cel. Manoel Antonio da Silva Henriques; dos Dias da Silva: Cel. Simplício Dias da Silva, seu meio-irmão Cap. Antonino Ferreira de Araújo e Silva , os herdeiros de seu irmão Raimundo Dias da Silva e sua falecida esposa Justina Jozefa Dórea da Silva; O Cap. Bernardo Antônio Saraiva e seus filhos, herdeiros da terça de seu avô o Cap. Manoel Antonio Saraiva; os herdeiros do falecido Cândido Silva; o Doutor Ouvidor Antonio Saraiva; o Alferes Francisco Domingos Fernandes; os herdeiros do Cap. Manoel Joaquim de Sousa; e o Cap. José Francisco de Miranda Osório(Ver Dicionário Histórico e Geográfico do Piaui) ;
O CANAL DE SÃO JOSÉ

Após a construção do Canal de São José , a partir do Rio Parnaíba até o Rio Igaraçu no lugar Tucuns (Porto da Mangueira), a ilha ficou dividida em duas partes, ficando a ocidental com o nome de Tabuleiro, permanecendo a parte oriental com a denominação tradicional – Ilha Grande Santa Isabel.
Atualmente, a Ilha Grande de Santa Isabel, está dividida nos territórios dos municípios de Parnaíba e Ilha Grande, onde a maior área de posse é dos descendentes do Capitão Claro Ferreira de Carvalho e Silva, sobrinho e herdeiro da viúva de Isidoro Dias da Silva-neto de Domingos Dias da Silva.
CONCLUSÃO
Você acabou de conhecer de forma rápida e prática a história da maior ilha flúvio marinha do Piauí. Ela foi pensada para você que quer conhecer suas origens e para você que é visitante e também gosta de conhcer a história dos locais que visita. Esse e muitas outras histórias você conhece aqui no nosso site.
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