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João Gomes do Rego Barra , PIONEIRO na colonização de PARNAIBA em 1725

Você vai aprender neste artigo:

João Gomes do Rego foi Pioneiro da Colonização de Parnaiba

Conheça a história do pioneiro na colonização de Parnaíba

Por Vicente de Paulo Araújo da Silva

João Gomes é o patriarca de uma das famílias mais tradicionais do Piauí

Se você nunca ouviu falar sobre ele, você tem uma lacuna no seu conhecimento sobre nossas origens.

Leia agora e aproveite a oportunidade de conhecer um dos personagens da história de Parnaíba do início do século XVIII.

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Conheça, compartilhe e ajude nesse trabalho de valorização da cidade de Parnaíba.

Vamos ao tema!

João Gomes do Rego Barra

O desbravador da região da Parnahiba, nos vales dos rios Parnaíba, Igaraçu, Pirangi e Longá, ao estabelecer-se entre as barras dos rios Igarassu e Parnahiba, acrescentou  ao seu nome de batismo João Gomes do Rego, o sobrenome Barra, conforme mostra a petição para a doação de gleba no ano de 1725. Era filho de Francisco Dias de Carvalho e de Maria Francisca do Rego.

Nasceu em 1676, na Freguesia de São Lourenço de Sande, termo de Guimarães, Arcebispado de Braga, em Portugal, e faleceu na Villa da Parnahiba, depois de 1728.

Casamentos do pioneiro na colonização de Parnaíba

 Casou-se em primeira núpcia na cidade de São Luís (MA), com Anna Castello Branco de Mesquita. Posteriormente, viúvo, casou-se com sua cunhada Maria do Monte Serrate Castello Branco, nascida em Lisboa e falecida no Piauí. Ambas as esposas eram filhas de Dom Francisco da Cunha Castello Branco, que, vindo de Pernambuco, serviu como militar no Maranhão.

No ano de 1725, quando requereu Carta de Sesmaria da ilha entre as barras dos rios Igarassu e Parnahiba, mencionou que tinha cinco filhas mulheres e um filho (ver transcrição de trecho do documento).

Esse varão de nome João do Rego Castello Branco, continuou a sua saga como militar, projetando-se como Tenente-Coronel da Cavalaria Auxiliar e membro da Junta Trina Governativa da Capitania de São José do Piauhy [1775-1779], por ter a mais alta patente militar e residir na capital Oeyras do Piauhy.

Associa-se o acesso do seu filho João do Rego Castello Branco, à influente carreira militar na Capitania, ao seu parentesco com o jesuíta Domingos Gomes, que foi administrador das fazendas da Companhia de Jesus, no Piauí, antes da expulsão desses religiosos em 1759.  

Por que  João Gomes foi o pioneiro na colonização de Parnaíba?

Pioneiro na colonização de Parnaíba
Pioneiro na colonização de Parnaíba

       João Gomes do Rego “Barra” foi preposto do Coronel Pedro Barbosa Leal [donatário da Villa de Nossa Senhora de Monserrathe da Parnaíba], e como Capitão-Mor da dita Villa, administrou os bens do rico empreendedor baiano, até quando passou a ocupar  a ilha entre as barras dos rios Igarassu e Parnaíba, antes mesmo de solicitar sua doação, a qual recebeu em 1725, embora,  no mesmo documento tenha solicitado, também, carta de sesmaria de terras situadas nas margens do Rio Pirangy, que, segundo ele, haviam sido doadas de boca pelo Coronel Pedro Barbosa Leal.

Apesar de não ter recebido de pronto, a carta de sesmaria da região do Rio Pirangy, as terras ocupadas por ele foram legitimadas após 1728, quando, a Villa da Parnahiba, passou a pertencer ao membro da Casa da Torre, Paulo Viveiros Afonso.

A descendência de João Gomes

Uma de suas filhas, Florência do Monte Serrathe Castello Branco, casou com o militar José Lopes da Cruz I, um dos irmãos Lopes, que chegaram à região da Parnahiba, integrando o aparato militar de proteção da capitania, na luta pela submissão do gentio tido como bárbaro. (Para saber mais veja post aqui no site sobre Mandu Ladino)

Após o seu falecimento, os bens deixados aos seus filhos, interligaram-se através de casamentos em família, aos herdados também por outros seus parentes Lopes e Castello Branco, que detinham sesmarias na região, formando, a primeira elite rural da região da Parnahiba, expandindo-se por toda a Capitania.

Posteriormente, já no século XVIII, as terras das margens do Rio Pirangy, ainda pertenciam aos seus descendentes, integrando o patrimônio em fazendas da família Lopes Castelo Branco, a partir do entorno das barras dos rios Longá e Pirangí, no Rio Parnaíba.

João Gomes  dono do Delta do Parnaíba

A Carta de Data da Ilha  entre as barras dos rios Igarassu e Parnaíba, atualmente denominada Ilha Grande de Santa Isabel, foi assinada pelo Governador João da Maia Gama, e o Secretário de Estado Adjunto José Duarte Pantoja, em 14 de julho de 1725, na cidade de Belém, salientando-se o trecho transcrito a  seguir :

Carta de Data da Sesmaria da Ilha Grande (Delta do Parnaiba)

João da Maia Gama Do Conselho de S. Mag. E q. Deos gde, Govor. e CappAM.Gn. Do Est. Do Mrm

Faço saber aos que esta minha carta de data e sesmaria verem que a mim me enviou a dizer por sua petição João Gomes do Rego Barra, Capitão-Mor que foi na Parnaíba, que ele suplicante tinha povoado uma ilha a qual estava entre a Barra do Rio Igarassu, e entre a Barra chamada vulgarmente Barra do Parnaíba com um curral de duzentos e cincoenta bois, e sessenta vacas rendosos aos dízimos // e em cinco anos como constava a todos os vizinhos e tinha povoado na mesma ilha outro cítio para o Coronel Pedro Barbosa Leal de quem era procurador, sem mais algum título que o descobriu ele suplicante a dita ilha de terra de vassalos de Sua Magestade, e só habitada de tapuias que ele Suplicante conquistara como era notório parte com arma na qual conquista sustentara a ousadia que lhe fizera o Tapuya levantado com o Mestre de Campo Antonio da Cunha Souto Maior usando os tapuias armas de fogo de dia, e de noite e tendo um numero grande que alcançava com o cerco uma légoa de circuito parte como havia sido e como seria ainda hoje o resto de Arayos trazidos depois por ele suplicante, e se na qual conquista aclama em sua consciência ter gasto por cima de cinco mil cruzados, e assim jurara aos santos evangelhos como se ache com cinco filhas solteiras, e hum filho, sem hum palmo de terra em que viva com título seguro, e o Coronel Pedro Barbosa Leal tenha terras em tanta quantidade que as está dando e aforando a quem lhe aparece … … (Transcrição do articulista).

O lugar Testa Branca era a morada de João Gomes

Pioneiro na colonização de Parnaíba (Imagem Ilustrativa de uma fazenda em Piracuruca)
Pioneiro na colonização de Parnaíba (Imagem Ilustrativa de uma fazenda em Piracuruca)

 Sabe-se que após receber a doação de terras entre as barras dos rios Igaraçu e Parnaíba, foi morar no lugar conhecido, como Testa Branca, local que seu filho João do Rego Castello Branco, influente militar em Oeiras, sugeriu ao Governador João Pereira Caldas em 1761, para ser a sede da Villa de São João da Parnaíba, como consta no documento de sua criação. Entretanto, por razões foi instalada em 1762, no lugar “Cítio dos Barcos”, na outrora Villa de Nossa Senhora de Monserrathe da Parnaíba, onde posteriormente foi efetivada.

João Gomes deu origem a primeira elite rural da região de Parnaíba

Após seu falecimento, os bens deixados aos seus filhos interligaram-se aos herdados também por filhos de seus parentes que detinham sesmarias na região, formando, a primeira elite rural em terras da região da Parnahiba, expandindo-se por toda a Capitania.

Conclusão

Neste post você viu a trajetória homem que deu sequência nas conquistas do primeiro donatário de Parnaíba, Pedro Barbosa Leal.

João Gomes do Rego Barra é a ponte entre os primeiros desbravadores, conquistadores e o novos que vieram após ele.

Ele deu origem a uma das mais influentes familias do Brasil, Castello Branco, dentre outras.

Espero que tenha gostado de mais um dos artigos do escritor parnaibano Vicente de Paula.

Veja outras postagens do nosso site e saíba muito mais da história e cultura da Parnaíba.

Compartilhe e ajude a divulgar e valorizar nossas origens.

Fonte

Livro: História da Região da Parnaiba 1669 a 1799.
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Silva, Vicente de Paula Araújo. História da Região da Parnhaiba de 1699 a 1799: Villa Mont Serrathe de Parnahiba – Parnaíba: Sieart, 2001.

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