Pedro Barbosa Leal foi o primeiro donatário de Parnaíba.
Por Vicente de Paula Araújo Silva
Você sabe quem foi Pedro Barbosa Leal?
Se você não sabe, você não é a/o único. Muita gente de Parnaíba nem imagina como se deu nossa história.
Agora é o momento de saber mais um pouco sobre nossas origens.
Leia este post URGENTE e seja um dos poucos a conhecer essa história.
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Conheça agora a trajetória de Pedro Barbosa Leal e descubra como se deu sua relação com Parnaíba lá nas nossas origens.
A trajetória de vida deste baiano é extensa e rica em de sucesso econômico, mas, nessa descrição ela é dirigida a sua ligação com o Piaui, principalmente com a existência da Villa de Nossa Senhora de Monserrathe da Parnahiba.
Os feitos do Primeiro donatário de Parnaiba
Nasceu o sertanista Pedro Parbosa Leal em uma família com muita influência no governo do Brasil. Após seguir os passos do pai na política baiana, ele recebeu em 1692, o honroso Hábito de Cristo. Prestimoso nos serviços à Coroa, descobriu em 1697, as minas de salitre no sertão da Jacobina, cuja façanha foi realizada às suas custas com seus escravos, criados e cavalos.
As duas primeiras décadas do século XVIII, foi o período onde a sua atuação na região de Jacobina, foi mais intensa, destacando-se em 1722, a fundação das villas de Jacobina e Rio das Contas e a abertura da Estrada Real, ligando essas duas villas mineradoras de ouro. Dado aos seus relevantes serviços prestados amealhou fortuna com propriedades na Bahia, nas Minas Gerais, Sergipe e Piauí.
A vida do Primeiro donatário de Parnaiba
O Coronel Pedro Barbosa Leal foi casado com Dona Mariana Espinosa. Desse matrimônio, nasceu Úrsula Luísa, em 22 de outubro de 1700, após o casal perder nove filhos que a precederam. Naquela época o casal residia na então Rua Direita das Portas de São Bento, hoje Rua Chile, Freguesia da Sé. Com três semanas de nascida. Temendo o que acontecera com os outros filhos, o casal levou a criança à igrejinha da ponta de Monserrate, e lá ofereceram-na à Virgem Santíssima, consagrando-a sob a sua proteção, passando a chamar-se Úrsula Luísa de Monserrate.
Quando D. Mariana Espinosa ainda vivia , em 29 de abril de 1721, o casal assinou escritura de doação ao Convento do Carmo da Bahia, das terras de Santo Amaro da Contiguiba, termo de São Cristóvão, Sergipe. Deixando todos os seus bens a única herdeira, Úrsula Luísa de Monserrate, inclusive a enorme quantia de 365.000$000, importância essa utilizada na construção do Convento das Mercês, autorizada por D. João V , em 23 de janeiro de 1735.
A filha de Pedro Barbosa Leal
A sua filha Úrsula Luísa de Monserrathe, não casou, preferindo o noviciado canônico, e como religiosa utilizou a sua fortuna na construção do Convento das Mercês. Ainda noviça foi nomeada e reconduzida em 24/11/1724, ao cargo de Superiora e Mestra das Noviças Ursulinas no Brasil, pelo Papa Clemente XII, congregação a que pertenceu até o seu falecimento. Os seus restos mortais estão no Cemitério Santo, ossuário do Convento das religiosas Ursulinas das Mercês, na Quadra 13, nº 1571, em Salvador (BA). (Ver História das ursulinas no Brasil).
Pedro Barbosa Leal e origem da Parnaíba
O Coronel Pedro Barbosa Leal, em 1703, requereu à Corte que lhe concedesse 50 léguas no Rio Parnaíba, onde já tinha 20 léguas com currais de gado e escravos. O Governador Geral do Brasil no seu parecer louva os seus serviços prestados à corte, mas, comunica a Coroa que pessoa da família de Garcia de Ávila Pereira, disputava essas terras.
Posteriormente, já em 1719, através de carta o Rei informa ao Governador Geral do Brasil, que Pedro Barbosa Leal vinha indevidamente se intitulando donatário da Região da Parnahiba, pois, esta era dividida com terras arrendadas por Leonor Pereira Marinho, integrante da Casa da Torre, ambos patrocinadores da vinda de Bernardo Carvalho de Aguiar, para submeter o gentio bárbaro que assolava a região das nascentes dos rios Poti e Longá.
A Vila Nova da Parnaíba
A posse efetiva de suas terras na região, foi consolidada na Villa de Nossa Senhora de Monserrathe, quando em 11 de junho de 1711, no trâmite para a sua criação, o Bispado de São Luís do Maranhão, autorizou a construção de uma igreja na feitoria[Villa Nova] existente na beira do Rio Igarassu, atendendo a solicitação do seu preposto na Região da Parnaíba: João Gomes do Rego, confirmado como Como Capitão-Mor da Villa em 16 de junho de 1711.
O desligamento de Pedro Barbosa Leal de Parnaíba
A sua ligação, com a Villa de Nossa Senhora de Monserrathe da Parnahiba, findou quando vendeu a Villa para Paulo Viveiros Afonso e João Gomes do Rego passou a administrar as suas próprias terras, entre elas a Ilha Grande, entre as barras do rios Igarassu e Parnaíba, recebida em doação no ano de 1725.
O ilustre empreendedor baiano, nascido em Salvador, Faleceu em 16/01/1734, deixando um grande legado ao governo do Brasil.
Conclusão
Neste post você teve a oportunidade de conhecer sobre o primeiro donatário da região de Panaíba.
Para muitos de nós Pedro Barbosa era um desconhecido. Os esforços dos pioneiros nem sempre são lembrados, lembramos mais daqueles que foram destaques posteriores.
Através deste post podemos refletir sobre nossas origens. Que mais pesquisas possam surgir para enriquecer nossos conhecimento.
Espero que tenha gostado, compartilhe e fortaleça nosso trabalho.
Fonte
Até o proximo!!!!
Silva, Vicente de Paula Araujo. História da Região da Parnaíba: 1699 a 1799. Villa Mont Serrathe de Parnahiba, Parnaiba PI: Sieart, 2011.
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