Por Vicente de Paula Araújo Silva “O Potência”

A Caminhada dos Cajus e a Essência da Cultura Tremembé 

Neste artigo vamos registrar a caminhada realizada pelo historiador Vicente Potência, resgatando a antiga tradição de pegar caju no Labino, Ilha Grande de Santa isabel. E com isso resgatar também uma sabedoria milenar do povo Tremembé que ficou marcada nos saberes locais de parnaíba. A famosa Caldeirada de Peixe com Caju, uma hábito que perdura até nossos dias e que poucos sabem.

Relato de Vicente Potência sobre a primeira caminhada

Antigamente, todos os anos na época da safra dos cajus, existia a tradição nas famílias da Parnaíba, de reunirem-se para  buscar essa fruta no lugar Labino, situado na Ilha Grande de Santa Isabel. Era um velho hábito dos Tremembés que habitavam entre as barras dos rios Igaraçu e Parnaíba, antes da ocupação da mesma por João Gomes do Rego “Barra” em 1725, após ter legalizado a Villa de Nossa Senhora de Monserrathe em 11 jun 1711.

Trajeto dos meus tempos de garoto

Fiz muito o trajeto em tela, ainda garoto, quando ia apanhar cajus ou caçar marrecas com o meu pai Ição, na lagoa do Ciribal, situada entre os morros de areia branca do Penico Quebrado e a atual Estrada da Pedra do Sal [PI-116].

Inspiração para o resgate da caminhada dos Cajus

No ano passado com meus quase 79 anos de idade, inspirado por um artigo do jornalista e escritor Pádua Marques, resolvi percorrer o trecho e para tal, convidei pessoas amigas para enfrentar o desafio, revivendo a última vez que havia andado no trecho – 1958 –  portanto há 65 anos.

Organização da primeira caminhada dos Cajus

  As 8h10, iniciamos a caminhada no lugar Fazendinha[Ilha Grande de Santa Isabel], pelo velho caminho e seguimos até a estrada recentemente feita pela atual administração com vista a permitir o acesso à PI-116, Parnaíba-Pedra do Sal, a qual,  margeia  o antigo caminho. O suporte ficou por conta de dois veículos distintos dirigidos por meu irmão Crisóstomo e a esposa do meu colega de aventuras e Tiro de guerra 200, o popular Chagas Fontenele.

Comemos os primeiros cajus azedos gostosos

De acordo com o previsto, faltando 350 metros para a Estrada da Pedra do Sal, já no lugar Penico Quebrado, após visualizarmos as belas paisagens que se descortinaram no trajeto,  dobramos à direita e fomos passar, rumo ao cajueiral, numa estreito caminho entre a lagoa do Ciribal e o os morros de areia branca, onde comemos os primeiros cajus com sabor azedo gostoso.  

Três velhos amigos e uma baita caldeirada de peixe com caju

Daí, continuando a exploração de caminhos, onde se salientou a experiência do colega Chagas Fontenele, chegamos ao cajueiral do Labino [objetivo da excursão], donde nos dirigimos à PI-116 [frente da igreja São Francisco de Assis, donde o Neto, filho do Bebé, nos conduziu até a Churrascaria do seu pai, que  nos serviu uma baita caldeirada de peixe da água doce, cozida com caju azedo.

O planejamento da segunda caminhada dos Cajus

E como continuamos ainda entre os seres vivos, este escriba, Chagas Fontenele e o Manoel Moreira, agendamos para o dia 27/08/2023, a nossa 2ª Caminhada dos Cajus, que poderá ter a participação de outras pessoas [homens e mulheres] que queiram ver ou rever belos lugares. Para isto, basta por a bermuda ou short, calçar os tênis e pisar o solo pátrio da Ilha Grande de Santa Isabel.

Progrmaação da segunda caminha dia 27 de Agosto de 2023

Planejamento;

LOCAL E HORÁRIO DA CONCENTRAÇÃO  – Paraíso da família Silva  [Beira-Rio, Ilha Grande de Santa Isabel]: 7h30 às 8h00;

INÍCIO DA CAMINHADA                            –  8h00

TEMPO DE CAMINHADA                           –  1h30

ESTRUTURA DE APOIO                            –   Estrada da Ponte Nova       

FINAL DA TRAJETÓRIA                            –   Clube do Bebé, Labino