Por Caio Passos
Introdução:
No tecido histórico de comunidades locais, há indivíduos cujo impacto transcende as fronteiras do tempo, deixando um legado marcante de compaixão e serviço. Um desses notáveis personagens é Antônio do Monte Furtado, cuja vida foi entrelaçada com a história da Santa Casa de Misericórdia e a fundação da União Caixeiral.
Antônio do Monte Furtado: um Provedor
Toda a benemerência de Antônio do Monte Furtado está na história da Santa Casa de Misericórdia. Ali a sua vida foi um apostolado. Provedor por merecimento, por dilatados anos de profícuo trabalho de filantropia.
Em 1927 foi reconstruído um pavilhão anexo, denominado Antônio do Monte, do lado da Rua Coronel Pacífico, com vinte compartimentos, destinados não só à residência das irmãs, enfermos, pensionistas, como também para receber operados e parturientes indigentes.
Construção do Atual prédio da Santa Casa
Em 1931, estando uma das enfermarias ameaçadas de ruir, e com este fato o sacrifício da vida de muitos antes, e embora a instituição contasse com poucos recursos, foi deliberado demoli-la e construir em seu lugar uma nova.
Tendo em meio deste serviço sido adquirido uma planta de todo o edifício, com modernas instalações e ampliadas enfermarias, foi resolvido demolir o antigo edifício para ser construído em seu lugar, em um ano e meses, o atual prédio da Santa Casa. Graças ao grande esforço, tenacidade e abnegacão do seu Provedor, Cel. Antônio do Monte Furtado, com os auxílios moral e material de seus leais companheiros de luta, ele viu o seu maior desejo realizado.
A Praça Antônio do Monte
A Praça Antônio do Monte é exatamente o logradouro onde está edificada a Santa Casa, como uma justa e merecida homenagem àquele que foi o seu maior benfeitor.
Oregens de Antonio do Monte
Antônio do Monte Furtado nasceu no Retiro da Boa Esperança, hoje a florescente cidade de Esperantina. Aqui chegando, foi trabalhar na “Casa Inglêsa”, onde galgou o mais alto posto de empregado da firma, gozando de lastro imenso de confiança e amizade entre patrões e colegas.
Nesta qualidade de auxiliar do comércio, foi um dos principais batalhadores da fundação da “União Caixeiral”, fundada em 28 de abril de 1928.
História da Caixeiral
Da história da “União Caixeiral”, lemos o seguinte: “A justiça manda que de antemão se ponha em relevo os nomes dos dois primeiros idealistas que se entregaram, de alma e coração, numa atividade dinâmica, em prol da “União Caixeiral”, Antônio do Monte Furtado e Luiz Nelson de Carvalho. Foram realmente dois grandes realizadores, pois jamais estiveram num momento de desânimo, triunfando contra todos os óbices encontrados no espinhoso caminho, removendo-os, com denodo, a golpes de energia e boa vontade sempre crescentes.”
Presidente da Caixeiral
Presidiu essa entidade classista em vários mandatos, sempre dignificando o cargo.
Foi também Presidente da Sociedade “Protetora Parnaibana” no período de 1903 a 1922 — dezenove anos de administração — o maior período de todos os dirigentes.
A morte de Antônio do Monte
O grande benemérito Cel. Antônio do Monte, morreu em 1932 na Santa Casa de Misericórdia, contemplando a sua grande obra, da qual foi a sua principal viga mestra.
Antônio do Monte é desses homens que vieram à terra para semear o bem.
União Caixeiral hoje
Atualmente o prédio foi reformado pelo SESC e inaugurado em 30 de abril de 2015 como Centro Cultural João Paulo dos Reis Veloso.
Conclusão
A vida de Antônio do Monte Furtado é um testemunho do poder transformador do compromisso e da compaixão. Seu legado nos lembra da importância de servir aos outros e lutar pelos direitos daqueles que mais precisam. Que sua história inspire cada um de nós a fazer a diferença em nossas comunidades, deixando um mundo melhor para as gerações futuras.
Fonte: Caio Passos: Cada rua sua História