REIS VELOSO: A Incrível Saga de um Jovem Visionário que dá nome a UFdPar!

Descubra a incrível história por trás da Universidade Federal do Delta do Parnaíba UFdPar!

Conheça Reis Veloso, um homem apaixonado por conhecimento que se tornou uma verdadeira lenda.

Desde seus primeiros estudos em Parnaíba até sua formação em economia na UERJ e seu Phd em Yale EUA, ele deixou sua marca no mundo acadêmico.

Agora, a UFdPar carrega seu nome e seu legado de excelência educacional.

Venha desvendar os segredos por trás dessa figura inspiradora, explorar suas conquistas e se inspirar em sua busca incessante pelo saber.

Junte-se a nós nessa jornada fascinante e embarque no mundo do conhecimento na UFdPar – onde a história de Reis Veloso ganha vida!

Atenção, no decorrer deste post você vai receber um BRINDE, uma relíquia!

Quem foi Reis Veloso?

Por Caio Passos

João Paulo dos Reis Veloso nasceu a 12 de julho de 1931 na cidade de Parnaíba, no Estado do Piauí, filho de Francisco Augusto de Castro Veloso e Maria Antonieta dos Reis Veloso. Seu pai ora residindo em Brasília com a filha Maria Augusta e, vez por outra, em Valença do Piauí com suas irmãs.

Era funcionário aposentado da EBCT — Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos; sua mãe, era doméstica e costureira, mulher simples e de elogiada inteligência.

Dos seis filhos do casal, todos esforçados pelo saber, João Paulo foi o mais estudioso e o que mais destaque obteve até hoje.

Garoto Prodígio

O menino João Paulo era o tipo que se pode chamar de “garoto prodígio” ou mesmo “gênio de cada época”.

Com a mãe Antonieta adquiriu o hábito da leitura diária, atividade que o ajudou a elevar seu nível cultural, enriquecendo sua capacidade de dialogar com os cultos adultos e de ampliar seus vastos conhecimentos.

Vivera sua infância e adolescência no aconchego da família humilde, honrada, unida e responsável. Considerava o estudo a chave do sucesso e a mais importante atividade de um jovem.

Apreciava os banhos de rio e os jogos de futebol.

Gostava muito de filmes, frequentava assiduamente o cinema, procurando distrair-se e usufruir da chance que lhe oferecia a condição de filho de um funcionário do DCT — Departamento de Correios e Telégrafos, dando-lhe uma oportunidade de assistir gratuitamente aos filmes.

Mais tarde, achando que o tempo ocupado na apreciação de filmes, poderia ser utilizado na busca de novos conhecimentos, abandonou um pouco o cinema, dedicando-se mais à pesquisa.

O Bolsista!

Revelara-se, desde tenra idade, um “menino-homem”, com memória de anjo.

Dedicou-se eficientemente ao estudo.

Reis Veloso, imagem ilustrativa de um menino estudioso.

Batalhou com firmeza para ocupar sempre o primeiro lugar entre os alunos da turma que integrava, não porque fosse ambicioso, mas porque necessitava da escola gratuita para continuar os estudos, vez que sua família não dispunha de recursos para custear os estudos dos filhos e nem havia escolas públicas para atender a população estudiosa de sua época.

Sendo o melhor aluno, teria ensino grátis assegurado. Esforçou-se e conseguiu realizar seus sonhos, começando por ser premiado, aos nove anos, com uma bolsa de estudos da Prefeitura Municipal.

Aluno de extraordinária inteligência e realçada capacidade de trabalho, foi sempre o líder da turma e o seu orador oficial.

Seu desmedido esforço pela aprendizagem e a acelerada expansão de sua cultura, fizeram de Reis Veloso o aluno modelo, o invencível estudante e o líder permanente, em todas as suas turmas de primário, ginásio, colegial e superior.

Adolescência!

Adolescente, já revelara um equilíbrio fora do comum. Sempre soube aproveitar de tudo em sua vida. Desde ginasiano manteve estreita ligação com seus professores, mestres de grande preparo intelectual, com quem conversava sobre os mais diversos assuntos da atualidade.

Em suas palestras discutia assuntos tratados em inúmeras obras, fazendo referências sobre seus autores e respectivas edições.

Tornou-se frequentador assíduo do Professor José Rodrigues e Silva, com o interesse de aprender mais. Desse convívio, resultou o enriquecimento de seu ilimitado campo cultural.

De carregador de Livro a Lider?

Não se despregava dos livros e sempre andava com um, debaixo do braço. Leu todos os livros da livraria, de propriedade do Professor José Rodrigues em sociedade com seu sogro, chamada Livraria Esperança.

Seus bons hábitos adquiridos no lar solidificaram-se no contato com os mestres, que muito o ajudaram no aprimoramento do saber.

Nos cursos ginasial e comercial, liderava o movimento cultural, participando ativamente das realizações escolares, publicando folhetos, jornais e revistas e fazendo divulgações entre estudantes.

Seu discurso de orador da sua turma de conclusão do Curso Técnico, foi por ele publicado em folheto, assim como outros pronunciados que fez em outras significativas ocasiões.

Foi, em 1946, um dos fundadores, primeiro diretor e redator chefe da Revista “Argus”, publicação dos alunos do Ginásio “São Luiz de Gonzaga”.

Em 1950, era diretor de “O Arauto” órgão oficial da “Associação Parnaibana de Letras,” sociedade da qual fazia parte desde 1948, sendo o mais jovem dos seus membros.

Início dos Estudos

Iniciou o curso primário na escola particular da Professora Maria Luiza Madeira Basto, concluindo-o no Ginásio “São Luiz de Gonzaga”, onde também fez o curso ginasial.

Seu primeiro emprego aconteceu em 1946, quando ingressou como funcionário da firma Moraes Exportação e Moraes Importação, impressionando a todos com sua capacidade de realização.

Foi professor de Português e Matemática no Ginásio Parnaibano e de Português e Contabilidade na Escola Técnica de Comércio União Caixeiral.

Muito tímido e modesto, ficava acabrunhado quando as alunas o intimidavam.

Seu destaque nacional

Apesar de preferir ficar à parte da política partidária, em 1950 foi ao Rio de Janeiro, representando o Partido de Representação Popular numa Convenção Nacional.

Sua atuação mereceu tanto destaque que, no ano seguinte, retornou ao Rio de Janeiro, então Capital Federal, para exercer o cargo de Assessor e Secretário particular do Deputado Federal Jorge Lacerda.

Neste mesmo ano, 1951, colaborou com o jornal “A MANHÃ”, do Rio de Janeiro, publicando pequenos ensaios literários e crítica de livros. Escreveu tópicos e comentários para a coluna política do jornal carioca “O Diário de Notícias”.

Sua Inteligência o denunciava

De inteligência privilegiada, grande capacidade de trabalho e elogiado interesse pelo saber, João Paulo Veloso foi em 1953 aprovado em primeiro lugar, no Concurso para Oficial Administrativo do antigo IAPI Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários.

Chegando a exercer as funções de Secretário do Presidente e várias vezes presidente provisório da citada autarquia.

Em 1955, quando contava com 24 anos de idade, foi novamente classificado em primeiro lugar, em concurso de âmbito nacional, de Escriturário do Banco do Brasil. Trabalhou no Banco do Brasil em São Paulo e na Direção Geral no Rio de Janeiro.

Sempre em Primeiro Lugar!

O avanço intelectual e cultural do jovem parnaibano tornou-se mais conhecido quando, em 1957, foi classificado em primeiro lugar no Vestibular de Economia, da Fundação Álvares Penteado, em São Paulo.

Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado em São Paulo

Em 1960, formou-se em Economia pela Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade do Rio de Janeiro, onde sempre foi o primeiro aluno da turma.

Aos 28 anos, prestou serviços no Gabinete da Presidência do Banco do Brasil, em Brasília, por solicitação do seu presidente. Em 1961, fez o curso de pós-graduação no Conselho Nacional de Economia, de extensão universitária, sobressaindo-se como o melhor dos alunos participantes e sendo escolhido para orador oficial da turma.

Nessa ocasião, uma de suas provas foi transformada em apostila e distribuída entre os alunos, seus colegas, pela banca examinadora, que mostrou-se deveras entusiasmada com o excelente trabalho, por ela corrigido.

Reis Veloso nos EUA

Em 1961, a convite de Ernani Galvêas, seu professor, passou a trabalhar na Assessoria Econômica do Ministério da Fazenda, função que exerceu até 1962, quando ingressou no Curso de Aperfeiçoamento de Economistas da Fundação Getúlio Vargas.

Nesse mesmo ano, foi aos Estados Unidos, usufruindo de uma bolsa de estudos, ganha na Fundação Getúlio Vargas.

Na Universidade de Yale fez o curso de Master em Economia, recebendo diploma Ph.D.

Reis Veloso estudou em Yale — Universidade de Yale EUA

Em Yale foi o primeiro de todos em tudo, impressionando toda a família universitária, com a qual conviveu naquele período. Foi Professor da Escola de Pós-Graduação para Economistas da Fundação Getúlio Vargas.

Foi convidado a continuar nos Estados Unidos, mas o seu sentimento nativista indicou-lhe o retorno ao Brasil.

Aqui, procurando retribuir algo pelo muito que tinha recebido de seu País, recusou vários convites de indústrias nacionais.

Preferiu trabalhar junto ao Governo, contribuindo para o avanço brasileiro nos vários setores da atividade humana.

Funções Públicas

Ainda em 1962, foi Secretário-Geral, Superintendente e Presidente do Instituto de Planejamento Econômico e Social. Em 1964, após a Revolução de 31 de março, foi Reis Veloso convidado a estruturar e coordenar o antigo IPEA, hoje Instituto de Planejamento Econômico e Social.

Exerceu, ainda, nesse ano, função de Secretário do antigo Escritório de Pesquisa Econômica Aplicada.

A convite do ex-Ministro do Planejamento Roberto de Oliveira Campos, integrou a equipe de técnicos do Ministério do Planejamento e Coordenação Geral.

Coordenou os Seminários sobre a Realidade Brasileira, organizados pela Presidência do Marechal Artur da Costa e Silva.

Reis Veloso e o cargo de Ministro

Em 1968, exerceu o cargo de Secretário-Geral do Planejamento e, em 1969, por indicação do então Ministro do Planejamento Hélio Marcos Pena Beltrão, João Paulo Veloso foi convocado pelo terceiro Governo Revolucionário, para ocupar o cargo de Ministro do Planejamento, ganhando para o seu Estado, antes tão esquecido, uma posição de relevo no cenário político-administrativo do País.

No governo atual, que tem à frente o Presidente Ernesto Geisel, Reis Veloso foi o único dos Ministros anteriores convidado a permanecer no Ministério.

Em 1974, a Pasta do Planejamento foi elevada à Secretaria de Planejamento da Presidência da República.

O Ministro piauiense, chefe da Secretaria de Planejamento, ocupou, o cargo que depois da Presidência da República, era o mais importante e de maiores atribuições no executivo brasileiro, conduzido que fora pelas suas qualidades profissionais e pessoais.

Foi Membro do Conselho Federal de Educação e do Conselho de Pesquisas. Entendia de inúmeras e destacadas técnicas, inclusive cinematográfica.

Reis Veloso e sua Família

Casou-se muito jovem. Seu primogênito Ricardo Augusto Veloso, faleceu em 1976 em um desastre rodoviário. Seus filhos são João Paulo dos Reis Veloso Filho e Ana Paula Veloso.

Homenagem de Alberto Silva e Reis Veloso

No dia 06 de fevereiro de 1975, quando visitou o Piauí, na companhia do Presidente Ernesto Geisel, recebeu das mãos do então governador do Estado, Alberto Tavares e Silva, a insígna da Grã-Cruz da Ordem Estadual no Mérito Renascença do Piauí, comenda que, dentre as muitas que recebeu, foi para ele a de maior importância.

Reis Veloso, um exemplo de político

Para Reis Veloso, o desenvolvimento decorre da “bolação do homem”, do conhecimento, que ao lado da dimensão espiritual do progresso humano, conduz a humanidade para novos dias.

Acha que houve uma transformação em nosso Estado, mudança do espírito do Piauí e do piauiense, porque hoje o Piauí acredita em si mesmo.

O Ministro João Paulo era político, no sentido aristotélico do termo: não se engajava em facções e grupos dotados de visão unilateral, comportava-se com admirável autonomia intelectual e irrecorrível soberania ética.

É um exemplo a ser seguido e imitado, porque a sua vida, pontilhada das lutas mais difíceis, “constitui uma lição de coragem aos tímidos, de audácia aos pobres e de esperança aos desenganados”.

Morte de Reis Veloso

O portal https://g1.globo.com/ anunciou no dia (19/02/2019): O economista e ex-ministro João Paulo dos Reis Velloso, de 87 anos, morreu na manhã desta terça-feira , no Rio de Janeiro. Segundo a família, ele estava em casa e morreu de causas naturais.