As Origens da Família Moraes Correia em Parnaíba
Descubra a vida fascinante e o legado deixado por esse ilustre membro da família.
Desvende as histórias de coragem, determinação e liderança que fizeram dele uma figura emblemática em Parnaíba.
Acompanhe sua trajetória desde os primeiros passos na cidade até as realizações que deixaram uma marca indelével na história.
Explore como Francisco Severiano moldou não apenas a família Moraes Correia, mas também contribuiu para o desenvolvimento e crescimento da comunidade.
Prepare-se para se inspirar com a história desse patriarca e descubra as raízes profundas que ele estabeleceu para a família Moraes Correia em Parnaíba.
Não perca a oportunidade de mergulhar nessa narrativa cativante e descobrir os valores e princípios que guiaram Francisco Severiano ao longo de sua vida extraordinária.
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FRANCISCO SEVERIANO
POR CAIO PASSOS
Amarração era um pequeno povoado, pertencia ao Ceará. Era um núcleo de pescadores. O mar era o seu encanto, a sua riqueza. A sua monotonia era quebrada apenas pelas rajadas do vento, vindas do oceano.
Para Parnaíba, em canoas e em costas de animais e de homens, vinham os seus principais produtos: peixe, coco e sal, fabricado empiricamente.
E como era pacata e pitoresca a vida ali, perto do mar, sempre valente, rugindo como um leão.
Ali faltava um homem para dar à vilazinha uma nova dimensão, uma vida mais agitada, aproveitando a sua imensa riqueza, ajudada pelo braço forte do pescador que vivia naquela placidez nostálgica.
A sorte estava lançada. Este homem viria, como uma espécie de Messias prometido por Netuno, para sacudir a vida daquela gente humilde, carente de trabalho e de assistência.
O Patriarca dos Moraes Correia chega em Amarração
E, assim, foi que pelos idos de 1860/1863, aportava naquele núcleo pesqueiro, vindo por via marítima, em frágil embarcação, de Açú, Rio Grande do Norte, o maior produtor de sal do Nordeste, um jovem casal, recentemente nupciado — Francisco Severino de Moraes Correia Filho e Maria Cleófas de Moraes Correia, que se destinava à Parnaíba.
O casal trazia em sua companhia a senhora Ana Joaquina de Miranda Castro, conhecida na intimidade por Dona Aninha, mãe de Dona Maria Cleófas.
Ali chegando, apesar de jovem, mas experimentado nas lutas da vida, Francisco Severiano viu o abandono do lugarejo, sem conforto, sem trabalho, sem assistência, talvez, sem escola, pois, Granja tão distante, não olhava para esta nesga de terra litorânea de seu imenso município.
Francisco Severiano, como bom potiguar, conhecedor profundo de extração de sal, voltou, de logo, as suas vistas para esta indústria quase abandonada.
Seria um campo aberto e vasto para novas atividades e uma fonte de trabalho e de renda para o rústico caboclo bronzeado do mar.
Ali fixou residência.
E o desejo aliado à força de vontade, dentro de pouco tempo, a grande salina, parecendo um imenso tablado de xadrez, estava em pleno funcionamento, no vai-e-vem do cotidiano.
O sal era vendido para várias localidades, principalmente para Parnaíba, transportado em grandes barcos e em animais, daqui, pelos armazéns, para outros pontos da província.
Amarração e a indústria salineira floresciam, alertando um povo para novas caminhadas.
Dado o desenvolvimento do negócio, Francisco Severiano sentiu a necessidade de transferir a sua residência para Parnaíba, grande centro comercial.
Francisco Severiano em Parnaíba
Aqui chegando, comprou casa e estabeleceu-se comercialmente. A sua casa estava ali na entrada para a “Quarenta”, bem na esquina, hoje, Praça Constantino Correia (onde fica a Mulher do Pote), lateral à Rua Luiz Correia.
Francisco Severiano era um homem inteligente, arguto, tinha muita facilidade de expressão, muito comunicativo e de profundo discernimento.
Cidadão de retilínea conduta, vida pautada dentro de rígida honestidade, encontrou, por todos esses invejáveis atributos, um campo vasto para cultivar amizade, aumentando o círculo de amigos.
Tinha muita facilidade de falar de público, era grande orador, palavra fácil e penetrante, conquistando, com relativa rapidez, a massa popular.
E esta herança ele passou para os filhos e netos.
Origem política da família Moraes Correia
E a vida ia lhe abrindo novas clareiras.
Assim é que a partir de 1889, quando o Brasil instituiu o regime republicano, implantando uma nova constituição nos moldes de uma república federativa, com eleições livres, Francisco Severiano ingressou na política parnaibana, galgando, de logo, posição de comando.
Foi de fato o chefe supremo da política deste município.
Nestas alturas, o Coronel Francisco Severiano, com uma família de sete filhos, quase todos estudando no Ceará e Rio de Janeiro, onde conquistaram honrosos diplomas em diversas carreiras, formava-se, assim, a tradicional estirpe Moraes Correia que tão grandes e relevantes serviços tem prestado à Parnaíba e ao Piauí, honrando e ilustrando os seus ancestrais — Francisco Severiano de Moraes Correia Filho e Maria Cleófas de Moraes Correia — a grande árvore genealógica dos Moraes Correia em terras piauienses.
Família Moraes Correia na Prefeitura
Oito Moraes Correia foram Intendentes ou Prefeitos Municipais de Parnaíba, sendo dois de cada geração:
Primeira geração :
1899 a 1900 — Francisco Severiano de Moraes Correia Filho;
1905 a 1912 — Luiz Antônio de Moraes Correia (irmão)
Segunda geração :
1901 a 1904 — Jonas de Moraes Correia: ( filho.)
1913 a 1914 — Constantino de Moraes Correia ( filho)
Terceira geração :
1951 a 1954 — Dr. João Orlando deMoraes Correia (neto)
1963 a 1967 — Dr. Lauro Andrade Correia ( neto)
Quarta Geração:
1989 a 1992/ 2017 a 2020/ 2021 a 2024 — Dr. Francisco de Assis Moraes Sousa (neto)
1996 a 2000 — Antonio José de Moraes Sousa Filho (bisneto)
O 4° Intendente Municipal
O Coronel Francisco Severiano foi eleito Intendente Municipal em 10 de julho de 1899, tendo como Vice-lntendente Inácio Luiz Gomes de Almeida, para o período de 1899 1900.
Foram dois anos de muito sacrifício para um administrador, mal iniciava o seu plano de obras, quando irrompeu a terrível seca de 1900, que assolou o Nordeste, especialmente o vizinho Estado do Ceará, de onde contínuas levas de emigrantes procuravam o território piauiense, principalmente o litoral.
A Intendência Municipal, que contava com parcos recursos financeiros para continuar as obras iniciadas, sentiu um impasse doloroso e difícil.
Socorrer as vítimas da tremenda crise climática ou paralizar os serviços públicos.
O Coronel Severiano, cidadão de coração grande e generoso, aberto à caridade pública, preferiu salvar os seus irmãos em transe tão doloroso.
E ele, como o magnânimo Imperador Dom Pedro II, imitou o seu gesto altamente nobilitante e humano:
“Parem as obras da Intendência Municipal, mas nenhum cearense morrerá de fome em terra parnaibana”.
Gesto desta natureza dignifica um homem, enaltece as suas qualidades e duplica as suas virtudes.
Foi um administrador de alto sentimento humano, que ao lado de Dona Maria, sua esposa, de Jonas Correia, seu grande filho, tornaram-se autênticos benfeitores e merecedores da gratidão do povo cearense.
Francisco Severiano o Pontiguá
O Coronel Francisco Severiano de Moraes Correia Filho, conhecido popularmente por Coronel Chiquinho, nasceu em 31 de julho de 1845, na cidade de Açú, Estado do Rio Grande do Norte, que, quando aqui chegou, já vinha casado com a Senhora Maria Cleófas de Moraes Correia.
Deste consórcio nasceram os seguintes filhos: Jozias Benedito de Moraes Correia, Constantino de Moraes Correia, Jonas de Moraes Correia, Dr. Luiz de Moraes Correia, Dr. Francisco de Moraes Correia, Maria da Graça de Moraes Correia, casada com Fernando José dos Santos Sobrinho e Francisca de Moraes Correia, inupta (solteira, celibatária).
Todos os seus filhos nasceram em Parnaíba, com exceção do Dr. Luiz de Moraes Correia, que nasceu em Amarração.
Amarração passa a ser Luis Correia
Pela Lei N. 0 08, de 4 de setembro de 1935, do então Governador do Estado, Dr. Leônidas de Castro Melo, Amarração passou a denominar-se de Luiz Correia, em homenagem ao filho ilustre, grande piauiense, notável tribuno e brilhante jurisconsulto.
Francisco Severiano, homem de extraordinária capacidade de trabalho, de vida dignificante, modelo para gerações, é o tronco sempre verdejante da gigantesca árvore genealógica dos Moraes Correia, hoje espalhada pelo Brasil afora.
Depois de sua morte, em 21 de janeiro de 1917, Dona Maria Cleófas que nascera em 1848, na intimidade do lar, Dona Cotinha, de cabelos brancos, símbolo de virtude e de bondade, passou a residir em companhia de seu filho primogênito Jozias Benedito de Moraes Correia.
Ali cercada pelo carinho dos filhos, netos e bisnetos, era Dona Cotinha, uma relíquia sagrada da família, quando veio a falecer em 6 de janeiro de 1947, com a provecta idade de noventa e nove anos, quase um século, tornando-se símbolo de saudade.
Inicialmente, dissemos que Amarração era um pequeno povoado pertencente ao município de Granja, Estado do Ceará.
De Amarração a Cratéus: a troca
Para efeito histórico, esclarecemos que para o Piauí ter um dia, o seu porto marítimo, foi permutada a vila de Príncipe Imperial, Piauí, hoje, a importante cidade de Crateús, ao norte do Ceará, com a vila de Amarração, hoje, Luiz Correia, a principal cidade turística do litoral de nosso Estado.
Essa troca que fora recomendada no Parlamento Imperial e por geógrafos abalizados como Aires Cabral, foi realizada oficialmente pelo Decreto-Geral N.0 3.072, de 22 de outubro de 1880.
E já decorrido mais de um século dessa permuta, o porto de Amarração, coitado, continua sendo um sonho quase inexecutável do Piauí.
Rua Francisco Severiano
Da Avenida Princesa Isabel — Bairro São Francisco — à Avenida Padre Raimundo Vieira — Bairro de Fátima.
Aí está varando os bairros São Francisco e de Fátima, a Rua Francisco Severiano, como uma homenagem digna e enaltecedora de Parnaíba ao vulto patriarcal do Coronel Francisco Severiano de Moraes Correia Filho, o saudoso Coronel Chiquinho, que legou a esta terra, uma família de tão honrosas tradições.
Na rua Francisco Severiano se encontra o Complexo Policial da Polícia Civil de Parnaíba.
Conclusão
As origens da família Correia em Parnaíba, especialmente a figura proeminente de Francisco Severiano, revelam um legado de coragem e liderança que transcende gerações.
Essa jornada de descoberta e conexão com as raízes familiares nos ensina a valorizar nossa história e preservar nosso patrimônio.
Ao honrar essas origens, fortalecemos os laços familiares e compreendemos a importância de transmitir essa herança às futuras gerações.
Espero que tenha gostado!
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Fonte
Passos, Caio. Cada Rua, Sua história. S/ed. Parnaiba 1982.
Moreira, Aldenora Mendes. Personalidades Atuantes da História de Parnaíba, S/Data e S/ed
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