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O Fenícios podem ter descoberto o Brasil a 1100 a.C!

Você vai aprender neste artigo:

Conheça parnaiba

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Teriam os Fenícios estado aqui há 1100 a.C?

É com prazer que recebemos você aqui no nosso site. Conheça Parnaiba é um projeto de valorização local.

Se você chegou até nós é porque tem interesse em conhecer mais sobre Parnaíba.

No site fazemos uma trajetória da história de Parnaíba baseada em vários pesquisadores  e escritores que dedicaram seus estudos à cidade e região. 

Vamos iniciar falando de uma ESTÓRIA com “E”, isso mesmo, que se um dia for comprovada pela HISTÓRIA, será um fato magnífico. Mas por enquanto vamos nos contentar com as informações maravilhosas trazidas por Ludovico Chovinágua (pronúncia popular do nome austríaco de Ludwig Schwennhagen).

Dr.-Xavier-Fisioterapeuta
Dr.-Xavier-Fisioterapeuta

Mas que estória é essa?

Vamos começar com esta pergunta:

Foi mesmo Pedro Álvares Cabral quem descobriu o Brasil em 1500 d.C ou foram os navegadores  fenícios em 1100 a.C?

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O Fenícios podem ter descoberto o Brasil a 1100 a.C!

Isso mesmo que você leu

Ludwig Schwennhagen, defendeu no publicado livro em 1928 com o título de Tratado Histórico de Ludovico Schwennhagen.  Republicado em 2004 pela editora conhecimento com o título: Antiga História do Brasil. (pag. 10)

Você deve está se perguntando: o que isso tem a ver com Parnaíba?

Nossa conversa começa com essa informação:

Em 1100 a.C. , chegou a primeira frota dos fenícios às costas do nordeste do Brasil e, em 1008 a.C, entrou o rei Hirã de Tiro num aliança com rei Davi, da Judeia, para explorarem comumente a Amazônia brasileira. (Ludwig, pag. 30)

Ludovico destaca este ano de 1100 a.C baseado nos capítulos 19 e 20 do livro 5 da História Universal do escritor grego Diodoro.  Onde ele conta a viagem da frota fenícia quase com as mesmas palavras usadas na história do descobrimento de Cabral. Porém essa narração feita por Diodoro ocorreu por volta de 1100 a.C (pg. 34).

Os fenícios haviam navegado nas costas ocidentais da África, como amigos e aliados dos tartéssios, já há cem anos, e tiveram conhecimento da existência da “grande ilha” no outro lado do Atlântico (pag. 37).

Outra informação que Ludwig nos traz é sobre a guerra de Tróia. Ele destaca que segundo Diodoro e outros escritores gregos, os fenícios levaram milhares de pessoas dos povos vencidos para suas colônias e fundaram várias cidades com o nome Tróia (pag. 39).

E uma dessas cidades foi a cidade de Tutóia no Maranhão.

Tutóia, encravada no Delta das Américas
Tutóia MA, encravada no Delta das Américas 

Olha o que Ludwig diz:

No norte do Brasil ficou a tradição de que a cidade mais antiga dessa região fosse Tutóia, cujo moruxicaba (cacique) era, ainda na chegada dos europeus, chefe reconhecido do litoral norte, desde o Rio Grande do Norte até o Pará (pag. 40).

O nome da cidade de Tutóia Ma, segundo a tradição oral, vem desta suposição. Segundo Ludwig, Tur-Tróia, a união dos dois nomes ilustres, duas grandes cidades daquela época:  Tur, a rica cidade-metrópole dos fenícios, e Tróia, o centro heroico da resistência contra os invasores gregos. E que com a perda da letra “r”, que é regra comum na evolução tupi, (pag.40) no delta do Parnaíba, foi fundada Tutóia, no mieo-norte do nordeste brasileiro  (pag. 48).

Quando os troianos chegaram, aqui já habitavam os caris, provenientes das Antilhas caribenhas em tempos remotos, descendentes dos atlantis.

Segundo Ludwig (pag. 49)

O país caraíba teve a mesma sorte que a Atlântida. Todos os anos desligava-se  em pedaços até que desapareceu inteiramente, afundando no mar. Os tupis salvaram-se em pequenos botes, rumando para o continente, onde hoje está a república Venezuela. Cuja capital Caracas, prende-se a essa origem.

Eram conhecidos como caris porque tinham ligação com os povos cários, do mar mediterrâneo. Os sacerdotes deram lhe o nome tupi, que significava filho de Tupã. Os fenícios, profundos conhecedores dos relatos, fatos ou ocorridos em eras remotas tiveram conhecimento dessa região e resolveram levar os tupis em seus navios para o norte do Brasil.

O padre Antônio Vieira, o grande apóstolo dos indígenas brasileiros, assevera, em diversos pontos de seus livros, que os tupinambás, como os tabajaras, contaram-lhe que os povos tupis migraram para o Norte do Brasil, pelo mar, vindos de um país que não existe mais (pag. 50).

E porque os fenícios quiseram trazer os tupis para o Brasil? O que isso tem a ver com o “conheça o Parnaíba“?

Ludwig destaca alguns motivos dessa imigração feita pelos fenícios.

 Veja na sequência abaixo (pag. 50 e 51):

Os fenícios procuravam por um povo auxiliador para sua grande empreitada de exploração no atual Brasil.

O autor destaca oito motivos:

1. O povo tupi se sentia sempre estrangeiro

2. Os tupis não podiam voltar, pois sua pátria fora vítima do mar

3. Procuram uma nova pátria destinada a eles por Tupã

4. Os fenícios tinham simpatia pelos tupis, pois eram da mesma estirpe dos povos cários

5. Entenderam sua língua geral “do bom andante”

6. Eram brancos, um pouco amarelados assim como os povos da Ásia menor

7. Tinham uma religião com sacerdotes semelhantes à organização religiosa fenícia

8. Além disso, eram agricultores e tinham um caráter guerreiro.

Essas características foram importantes para assegurar suas espalhadas colônias tendo apoio de um povo aliado.

As primeiras massas de imigrantes entraram na foz do Parnaíba, onde Tutóia era porto de recepção. Dividiram-se em três tribos (ou povos) e chamavam-se tabajaras, entre o rio Parnaíba e a Serra do Ibiapaba; potiguares, que se domiciliaram além do rio Poti e cariris, que tomaram as terras da Ibiapaba para a nascente (pag. 51 e 52).

Após ler este trecho fiquei perguntando, mas por que foi aqui no litoral do Piauí?

Mas a lógica é simples, veja.

O Piauí possui somente um curto trecho do litoral, mas os pontos pré-históricos que existem aqui são muito interessantes e instrutivos, afirma Ludwig. Os navegantes, que conheciam bem o delta do rio Nilo, compreenderam bem que os braços da foz do Parnaíba pertenciam a um rio importante, que daria acesso ao interior do país (pag. 97).

Vemos a importância da geografia deltáica, os fenícios eram profundos conhecedores do delta do rio Nilo, e logo perceberam a semelhança natural entre os dois deltas.

A segunda onda de imigração foi na ilha do Maranhão, um ponto importante para a navegação e para a penetração para o interior. Cinco rios perenes desembocam lá: Muni, Itapecuru, Mearim, Pindaré e Grajaú. Unem suas fozes ao redor da Ilha de São Luis (pag. 52).

Os fenícios escolheram a ilha de São Luis como porto de entrada e os imigrantes denominaram de ION o litoral maranhense, que mostra, com suas centenas de ilhas e penínsulas, uma surpreendente semelhança com o litoral da Iônia asiática(pag.90) , terra dos Cários.

Por isso os tupinambás chamaram Mara-Ion, “o grande rio de terra” (pag.52).

Ludwig em seu livro História Antiga do Brasil nos enche de explicações, que se não forem verdadeiras, são no mínimo fascinantes. Que merecem ser conhecidas por você que gosta de informações que valoriza nossa querida Parnaíba e região.

Para mostrar que a imigração dos Cários ao Brasil está visível, Ludwig destaca que:  

“os conquistadores europeus encontraram no Brasil numerosas populações que se chamaram: cara, carará, caru, cari, cairari, carahi, carahiba, caryo e cariboca”(pag.83)

Quando os padres portugueses chegaram os pajés declaram pra eles que: cara, cari, cario significava “homem branco”. Fato que não corresponde com o que os tupi denominavam a cor branca.

Pois a cor branca era dita pela palavra tinga, também uma palavra pelasga (de origem cária).

Outra palavra é oca, que significa “casa” e que também pertence à língua fenício-pelasga. Então a palavra tupi tabatinga significa “casa branca”, mas cari-oca é “casa dos brancos”, dos cários (pag. 83).

Essa curta explicação linguística contém a prova, segundo Ludwig, que os “cários brasileiros” são os descendentes dos homens brancos que imigraram para o Brasil, nos navios dos fenícios, na época de 1100 anos a.C.

São muitas as informações ou coincidências que o autor nos traz.

Mas onde ficava situada a região dos Cários?

A pátria desses imigrantes era formada pela confederação dos povos cario, a qual abrangia quatro divisões (pag. 84 e 85).

1. Caru, que se estendeu desde o promontório Carmel até o monte Tauros; a grande metrópole desse país era a cidade Tur, (depois Tiro). Os gregos chamavam este país de Fenícia, hoje é a Síria. Corruptela da pronuncia grega do nome Tiro, onde seus habitantes eram chamados de tírios, posteriormente sírios.

2. Cari, abrangia a costa sul da Ásia menor. Denomina em grego por Kalikia, depois Cecília. Uma das maiores cidades dessa província era Taba, que nos lembra os taba-jaras ( senhores de taba ou cidadãos de Taba).

3. Cara ou Cária, cuja capital era a famosa Hali-Car-Nassos, cuja situação geográfica rivaliza com a Rio de Janeiro, onde os cários fundaram uma colônia com o nome entusiástico: “Dos Cários Casa” (cari-oca). Veja o que foi encontrado encima da pedra da gávea.

Fenício no Brasil
Pedra da Gávea Rio de Janeiro BR

4. Caramania foi o vasto “hinterland” que se estendia atrás de Caru e Cari, até o Eufrates. Capital dessa província era Carinana, e de lá vieram os pequenos comerciantes (caramanos ou carcamanos) que se estabeleceram em no interior do Brasil.

Curiosidade  interessante é que séculos depois temos uma leva de imigrantes sírios-libaneses vindos parar aqui na região e na cidade de Parnaíba. Em breve teremos um artigo sobre este fato aqui no site.

Por que os fenícios escolheram a Pedra do Sal com Estação Marítima?

Praia Pedra do Sal em Parnaaíba PI

Ludwig responde da seguinte forma: 

O delta do rio Parnaíba chamou logo a atenção dos peritos marinheiros.

A água dum rio de curso curto, que enche com a maré e seca com a vazante, tem aparência muito diferente dum rio proveniente do centro do continente.

Os navegantes, que conheciam o delta do Nilo, compreenderam bem que os braços da foz do Parnaíba pertenciam a um rio importante, que daria acesso ao interior do país. (pag. 93)

Sabiam também que os braços dum grande delta fluvial são sujeitos a rápidas mudanças de correntezas e por esse motivo é sempre conveniente procurar uma estação segura fora do delta, onde podem esperar os navios, para entrada mais favorável. Por esse motivo foi escolhida a estação “Pedra do Sal”.

Além do mais

Na costa de fora da “Ilha Grande de Santa Isabel”, onde se estende a praia por quase 30 quilômetros sem colinas ou alturas, existem dois rochedos isolados, que podiam bem servir de balizas para a navegação costeira. O Canal que liga os dois rochedos é bastante profundo para dar um ancoradouro seguro a veleiros de grande calado (pag. 94).

A partir deste ancoradouro, entrando pelo canal principal do delta do Parnaíba os emigrantes que chegaram nos navios dos fenícios escolheram o lugar que hoje é a cidade de Tutóia para construírem uma praça forte, donde puderam dominar a foz do rio. Deram a essa colônia o nome Tur-Tróia, combinação dos nomes das duas afamadas cidades daquela época.

A partir de então a “Pedra do Sal” passa a ser a estação de fora e Tutóia o ponto de apoio para exploração do interior do continente.

Os navios fizeram viagens comerciais que demoraram muitos meses e ano. Um veleiro grande, que fez a viagem do mar mediterrâneo a Tutóia, trouxe para cá centenas de imigrantes e um grande carregamento das fazendas, ferramentas, armas de bronze, objetos artísticos e bebidas finas. Em troca dessas mercadorias o dono quis ouro, prata, cobre, estanho, pedras preciosas e principalmente salitre (“nitinga”) para embalsamadores dos mortos, no Egito. (pag. 99)

Essas viagens demoradas demandavam também um grande empreendimento em busca destas riquezas e os navios precisam de cuidados e reparos. O autor afirma que os fenícios passaram a usar a grande lagoa do Buriti como estaleiro. De onde partiam os exploradores rumo a serra do Ibiapaba. 

Estes recortes, extraídos do livro História Antiga do Brasil de Ludwig Schwennhagen,  aguçam nossa imaginação.

E com isso objetivamos trazer para você as variadas informações ou teorias que nos ajudam a criar um imaginário sobre as origens remotas de nossa história.

Ao colocarmos estas informações não as temos como uma verdade.  Mas é bom que saibamos que existem teorias, lendas e muitos mistérios sobre nossas origens.

Será que os portugueses já não sabiam destas informações?

Por que os jesuítas vieram para a serra do Ibiapaba?

Por que Parnaíba atraiu muitos imigrantes da região do oriente médio?

Estas e outras questões ficam abertas…

Espero que tenha gostado!


Nosso objetivo é levar até você conteúdos de valor para que você conheça a história, a literatura, a cultura e muito mais sobre a cidade de Parnaíba, Pi.

A cidade é o portal do maior delta das Américas e o terceiro maior do mundo em mar aberto.

O delta do Parnaiba fica atrás do delta do rio Mekong, Vietnã e do delta do rio Nilo, Egito.

Está na hora de conhecermos nossa história, compartilhe e divulgue nosso trabalho.

Obrigado por ter chegado até o fim desta leitura.

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Vamos conhecer nossas origens e fortalecer nossa identidade….

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4 respostas

  1. Maurício, amei demais. Amei sua escrita, tá bem interessante e instiga a ler mais. E as informações me deixaram chocado kkkkk Achei muito interessante.

  2. Excelente abordagem da história do nosso Brasil e da nossa querida cidade Parnaíba. O texto trás fatos que não encontramos facilmente em livros de história local. Gratidão pela abordagem e por /trazer para a sociedade o olhar profundo sobre as riquezas da nossa terra

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