Introdução:
Na tranquila cidade de Parnaíba, entre as Avenidas Álvaro Mendes e Governador Chagas Rodrigues, desenrola-se uma história marcada pela figura imponente do Capitão Claro Ferreira de Carvalho Silva e sua ligação íntima com a proeminente família Tavares Silva. Por meio de heranças e laços familiares, o Capitão Claro deixou um legado que perdura até os dias de hoje, moldando não apenas a paisagem urbana, mas também os destinos e as memórias dessa comunidade. Nesta narrativa, exploraremos os vínculos profundos entre os Tavares Silva e o ilustre Capitão Claro, revelando as camadas de uma história familiar entrelaçada com a trajetória da cidade.
Quem foi o Capitão Claro?
O Capitão Claro Ferreira de Carvalho Silva, oficial da Guarda Nacional, figura respeitável, oriundo de tradicional família de Oeiras, antiga capital da província piauiense, era um abastado agricultor e grande fazendeiro, proprietário de quase toda a Ilha Grande de Santa Isabel, por herança de sua tia, viúva de Isidoro Dias da Silva, que o adotou como seu herdeiro universal, pois o casal não tinha filhos.
O Herdeiro de Simplício Dias
Isidoro Dias da Silva, por sua vez, herdara as terras da Ilha de Santa Isabel de seu tio Simplício Dias da Silva, o maior latifundiário, na época, da Vila de São João da Parnaíba.
Família do Capitão Claro
O Capitão Claro casou-se com D. Geracinda Tavares Silva, de tradicional família maranhense.
Eram seus filhos:
Dr. João Tavares de Carvalho Silva, formado em direito, tendo exercido, com muito brilho e honradez, a magistratura. Inteligente e culto. Bom e generoso. Era casado com D. Evangelina Rosa Tavares Silva, senhora de altos dotes de espírito e coração;
Domingos Tavares Carvalho Silva, fazendeiro;
D. Cristina da Silva Tavares, casada com Antônio José Tavares, alto comerciante;
D. Esmerinda Tavares Silva Moraes Correia, casada com o ilustre professor e jurista Dr. Luiz de Moraes Correia;
D. Angélica Tavares Silva Moraes Correia, casada com Luiz Antônio de Moraes Correia, o Cel. Lucas, que por oito anos, exerceu o alto posto de Intendente Municipal de Parnaíba e D. Maria Clara Tavares Silva, inupta.
Morada do Capitão Claro
O Capitão Claro morava na fazenda “Paraíso”, à margem do Igaraçu, em frente à cidade.
É a “Casa Grande dos Silvas”.
Após a morte de seu venerando pai, o Dr. João Tavares de Carvalho Silva, assumiu a direção das propriedades do Capitão Claro, mas o “Paraíso” continuava a ter o mesmo esplendor dos dias do passado, apenas envolto na saudade do chefe.
O tempo, entretanto, é implacável; leva os homens e muda a panorâmica da terra.
Também já não mais existia o Dr. João Tavares de Carvalho Silva, mas na vida sempre fica um marco indelével, assinalando os homens e os fatos.
O Marco da genealogia dos Tavares Silva
Assim, o Capitão Claro Ferreira de Carvalho Silva é o marco da genealogia dos Tavares Silva, cuja descendência, aliás numerosa, tem honrado e ilustrado o seu respeitável ancestral.
Homenagem
A Avenida Capitão Claro é hoje uma das principais artérias públicas da cidade; ali encontramos, em prédios próprios e suntuosos, o Centro de Formação Profissional José de Moraes Correia — SENAI — e o Ginásio São Luiz Gonzaga, assim como o artístico e belo monumento em homenagem ao sesquicentenário da Independência do Brasil, em cuja placa de bronze se lê:
“Este monumento, mandado construir pelo Governador Alberto Tavares Silva, é uma homneagem aos que sonharam nesta cidade, lutaram e sofreram para transformá-la em realidade. Foi inaugurado pelo Chefe do Executivo piauiense no dia 19 de outubro de 1972, sendo Presidente da República o General de Exército Emílio Garrastazu Médici”.
Queremos destacar aqui que o ex Governador do Piauí, Senador da República e Engenheiro Alberto Tavares Silva, que exerceu vários mandatos era neto do Capitão Claro Ferreira de Carvalho Silva.
Conclusão
Ao final desta jornada pelas linhas da história de Parnaíba e da família Tavares Silva, emerge uma compreensão mais profunda sobre as raízes e os legados que moldam uma comunidade. O Capitão Claro, com sua figura respeitável, e os Tavares Silva, com sua descendência ilustre, deixaram marcas indeléveis na cidade e nas memórias daqueles que a habitam. Que essas histórias sirvam como fonte de inspiração e reflexão, reforçando os laços que unem as gerações e enriquecendo o tecido social com as tramas do passado e do presente.
Fonte: Caio Passos, Cada rua sua história